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domingo, 5 de agosto de 2012

Petrobras tem prejuízo de R$ 1,3 bi



 São Paulo e Rio (AE) - A Petrobras reportou prejuízo líquido de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre de 2012, ante lucro líquido de R$ 10,943 bilhões do mesmo período do ano passado. É a primeira vez que a estatal apresenta prejuízo em mais de dez anos. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) somou R$ 10,599 bilhões no mesmo período, queda de 33,3% em relação ao intervalo entre abril e junho de 2011.
A retração é explicada entre outras razões pelo resultado financeiro negativo do trimestre, causado pelo efeito do câmbio nas dívidas denominadas em dólar, e pela operação de venda no mercado doméstico de combustíveis importados, com preços locais menores do que os valores pagos pela estatal no mercado externo. O resultado financeiro líquido da Petrobras ficou negativo em R$ 6,407 bilhões entre abril e junho, revertendo o número positivo de R$ 2,901 bilhões registrado no segundo trimestre de 2011.
Os dois fatores já haviam contribuído para a queda do lucro da Petrobras no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme explicado em maio pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores Almir Guilherme Barbassa. Na oportunidade, o lucro líquido da Petrobras ficou em R$ 9,214 bilhões, retração de 16,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
A receita líquida da Petrobras entre abril e junho alcançou R$ 68,047 bilhões, alta de 11,5% em igual comparação. A variação positiva reflete o maior volume de combustíveis no mercado doméstico, assim como os maiores preços de venda de diesel e gasolina. Desde 1º de novembro do ano passado, os preços praticados pela estatal na refinaria tiveram alta de 10% na gasolina e de 2% no diesel.
A companhia também anunciou uma segunda rodada de aumentos, de 7,83% na gasolina e 3,94% no diesel, mas os novos preços entraram em vigor apenas em 25 de junho e por isso o impacto no resultado trimestral foi pequeno. Esse reajuste, assim como outro aumento de 6% no diesel aplicado a partir de 16 de julho, deverão impulsionar os resultados da Petrobras a partir do terceiro trimestre.
Além disso, a receita da Petrobras foi beneficiada pelo efeito do câmbio nas exportações. O dólar mais valorizado tem impacto positivo na receita da companhia quando convertida em reais, e compensou parcialmente a queda do preço internacional do petróleo nos últimos meses. O mesmo efeito cambial, por outro lado, torna a compra de combustíveis no mercado externo mais onerosa para a Petrobrás.

Estatal descobre petróleo em águas profundas no Ceará
São Paulo (AE) - A Petrobras anunciou que comprovou a ocorrência de petróleo em águas profundas da Bacia do Ceará, durante a perfuração do poço 1-BRSA-1080-CES (1-CES-158). Conhecido informalmente como Pecém, o poço está localizado a cerca de 76 quilômetros do município de Paracuru, na costa do Estado do Ceará, em lâmina d'água de 2.129 metros. A profundidade atual do poço é de 4.410 metros e a perfuração prosseguirá até 5.500 metros.
De acordo com a estatal, As amostras de fluido obtidas no poço indicaram a presença de hidrocarbonetos líquidos, que serão caracterizados via análise de laboratório. A coluna estimada de hidrocarbonetos é da ordem de 290 metros, sendo 140 metros de reservatório.
A Petrobras é a operadora da concessão BM-CE-2, com 60% de participação, em consórcio com a BP Energy do Brasil, que detém os outros 40%. Segundo a petroleira, o grupo dará continuidade às operações para concluir o projeto de perfuração do poço até a profundidade prevista, verificar a extensão da nova descoberta e caracterizar as condições dos reservatórios encontrados.
No Rio Grande do Norte, o início da exploração de petróleo em águas profundas era previsto para o primeiro semestre deste ano, mas foi postergado para o segundo semestre de 2013. Segundo a Petrobras, o adiamento foi motivado por ajustes na disponibilidade de sondas de perfuração. A sonda SS-75, que trabalha na perfuração do poço no Ceará, também deverá ser usada no RN. Um possível sucesso no trabalho de exploração poderá ajudar a reforçar a produção potiguar, que declinou nos últimos anos e atualmente está estabilizada.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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